Processos de Negociação · III
- AAmstg
- 4 de abr. de 2024
- 9 min de leitura
Atualizado: 18 de abr. de 2024
A arte de atingir objetivos sem ceder (excessivamente): o que dizer caso chegue a uma situação de ganha-perde?
No primeiro post vimos uma abordagem dos processos de negociação em geral girando em torno da ideia de chegar a uma situação ganha-ganha conclusiva, enquanto no segundo foram apresentadas algumas dicas e ideias sobre como organizar soluções fortalecendo aquelas que eram cooperativas em o desejável. Mas às vezes a negociação não se trata de uma situação em que todos ganham, mas sim da conclusão estressante de uma cena final em que alguns ganham e outros perdem. Falando francamente, a questão a colocar é tão simples como esta: que possível tese a respeito dos princípios fundamentais da negociação concorda com a ideia de uma solução em que uns ganham e outros perdem (não há equilíbrio formal e/ou material)? E, bem, abordar uma tese que se alinhe com essa ideia de ganhar-perder poderia centrar-se na diferenciação de estratégias de negociação competitiva ou distributiva. Duas situações para analisar brevemente.
Estratégias Situacionais de Negociação Competitiva
Na negociação competitiva, cada parte visa maximizar os seus próprios ganhos às custas da outra parte (a expressão chave aqui é “às custas”). O resultado conclui que o ganho de uma parte está diretamente correlacionado com a perda da outra. Aqui estão algumas ideias ou temas que podem ser explorados em torno desta tese competitiva:
1. Mentalidade de soma zero : Esta perspectiva vê a negociação como uma torta, um saque fixo e imutável, onde o ganho de uma parte significa necessariamente a perda da outra. Enfatiza a natureza competitiva da negociação, onde o objetivo de cada parte é reivindicar para si o maior valor possível.
2. Negociação posicional – Esta abordagem de negociação envolve as partes adoptando posições fixas e tentando negociar com base nessas posições e não em interesses ou necessidades subjacentes. Muitas vezes leva a resultados ganha-perde (literalmente), uma vez que as concessões feitas por uma das partes são percebidas como perdas.
3. Maximizar os resultados individuais : O objetivo da negociação é principalmente maximizar os benefícios individuais, em vez de procurar soluções mutuamente benéficas. As partes podem empregar táticas como ações judiciais agressivas, blefe ou outras estratégias competitivas para atingir seus objetivos.
4. Cooperação Limitada : Embora a cooperação possa ocorrer até certo ponto nas negociações, ela é limitada e principalmente tática. As partes podem cooperar em questões menores ou em certas áreas onde o benefício mútuo é evidente, mas em geral, a negociação é caracterizada pela falta de confiança e cooperação.
5. Foco no curto prazo : As negociações ganha-perde priorizam frequentemente os ganhos a curto prazo em detrimento de relações a longo prazo ou acordos sustentáveis. As partes podem sacrificar possíveis benefícios futuros ou prejudicar relacionamentos em busca de vantagens imediatas.
6. Resultados fixos : A negociação é enquadrada em termos de resultados predeterminados, onde o sucesso é definido pela realização de objetivos ou metas específicas. Há pouco espaço para flexibilidade ou resolução criativa de problemas, levando a resultados ganha-perde.
Uma tese que explore estes princípios poderia analisar a sua eficácia em diferentes contextos, examinar o seu impacto nas relações entre as partes ou propor abordagens alternativas à negociação que priorizem a colaboração e o benefício mútuo. Poderia também aprofundar os factores psicológicos e estratégicos que levam as partes a adoptar tácticas de ganhar-perder, ou tácticas de ganhar (aparentemente) e perder (abaixo da superfície), e as possíveis consequências de tais abordagens.
Estratégias Situacionais de Negociação Distributiva
Neste segundo caso -a negociação competitiva- a análise que conduz a uma situação ganha-perde diverge um pouco dos resultados do primeiro. Se o problema gira em torno de alternativas de negociação distributiva, sugere-se que a negociação envolva a alocação de um conjunto fixo de recursos ou benefícios entre as partes envolvidas. Mas as alocações não precisam ser completas ou não ser concedidas. Neste cenário, o benefício de cada parte ocorre às custas dos outros, semelhante à negociação competitiva. Agora, a ênfase pode estar mais em encontrar a distribuição de recursos mais vantajosa do que em competir directamente por eles. Aqui estão alguns pontos a serem considerados em situações que podem ser descritas como distributivas:
1. Recursos limitados : A negociação é limitada por uma quantidade finita de recursos ou benefícios que devem ser divididos entre as partes (a palavra-chave é 'divisibilidade' sem reduzir a eficiência e/ou eficácia dessa alocação). Esta escassez cria uma dinâmica competitiva em que o ganho de uma parte normalmente resulta na perda da outra.
2. Negociação sobre uma única questão : A negociação distributiva centra-se frequentemente numa única questão ou num pequeno conjunto de questões em que as partes têm interesses conflituantes. Cada parte procura maximizar a sua parte dos recursos disponíveis dentro deste âmbito limitado.
3. Mentalidade de soma fixa : Tal como na negociação competitiva, existe a percepção de que os recursos disponíveis constituem uma soma fixa, o que significa que qualquer ganho para uma parte corresponde directamente a uma perda para as outras. O que poderia estar ligado à ineficiência ou ineficácia das alocações parciais, e isto numa dada situação da técnica do momento (um 'ceteris paribus').
4. Foco na força posicional : As partes podem concentrar-se em aproveitar os seus pontos fortes ou vantagens para garantir uma distribuição mais favorável de recursos. Isto pode envolver enfatizar as suas necessidades, apresentar argumentos convincentes ou usar táticas de poder para influenciar o resultado.
5. Táticas de Negociação – Os negociadores podem empregar várias táticas, tais como ancoragem (estabelecimento de ofertas iniciais), concessões e enquadramento estratégico para influenciar a distribuição de benefícios a seu favor.
6. Potencial de impasse : Dado que a negociação distributiva envolve frequentemente uma mentalidade de ganhar-perder, existe um risco maior de a negociação chegar a um impasse se as partes não conseguirem encontrar uma distribuição de recursos mutuamente aceitável. Isto poderia levar a uma ruptura nas negociações ou à necessidade de apelar a métodos alternativos de resolução de litígios.
Em suma, para uma tese posicional centrada em alternativas de negociação distributiva, poder-se-ia explorar estratégias para maximizar os lucros dentro das limitações da própria natureza dos recursos limitados, ou analisar o papel da dinâmica do poder na definição dos resultados da negociação, ou investigar a eficácia da negociação. diferentes táticas para alcançar distribuições favoráveis. Além disso, poderia examinar os factores psicológicos que influenciam as percepções dos negociadores sobre justiça e equidade em situações de negociação distributiva.
Limites imprecisos do Coração do Conflito.
Embora seja óbvio dizê-lo, parece apropriado indicar aqui que nem todas as situações empresariais podem ser conceituadas categoricamente de uma forma ou de outra. Na maioria das vezes porque podem compartilhar elementos comuns para uma análise aprofundada da essência do conflito. Na verdade, isto acontece quase sempre à medida que se reflecte gradualmente sobre o que realmente está em jogo. As exceções, como no caso do julgamento do Rei Salomão e da atribuição paradoxal que resulta dessa decisão, são poucas. Distinguir entre negociación distributiva y competitiva a veces puede ser un desafío porque estos enfoques comparten similitudes y pueden superponerse en ciertas situaciones, pero si nos preguntamos si podríamos segregar con utilidad un caso de otro, entonces conviene señalar que existen distinciones clave que pueden ayudar a discriminar entre eles:
1. Natureza da negociação : Na negociação distributiva, a negociação geralmente gira em torno da divisão de um conjunto fixo de recursos ou benefícios entre as partes. O foco está em como distribuir esses recursos de forma a maximizar a participação de cada parte. Em contraste, a negociação competitiva pode envolver uma gama mais ampla de questões ou interesses que vão além da simples distribuição de recursos. Poderia incluir questões onde a colaboração ou soluções integrativas são possíveis.
2. Grau de cooperação : Embora tanto a negociação distributiva como a competitiva envolvam algum nível de concorrência, a negociação distributiva ainda pode envolver algum grau de cooperação para encontrar uma distribuição aceitável de recursos. As partes podem envolver-se em tácticas de negociação destinadas a maximizar os seus próprios benefícios, mas estão frequentemente dispostas a fazer concessões para chegar a um acordo. A negociação competitiva, por outro lado, pode ser caracterizada por uma abordagem mais contraditória, com menos ênfase na cooperação e mais focada em superar o desempenho da outra parte.
3. Número de questões : A negociação distributiva muitas vezes gira em torno de uma única questão ou de um conjunto limitado de questões nas quais as partes têm interesses conflitantes. A negociação gira principalmente em torno de como dividir o bolo. A negociação competitiva pode envolver múltiplas questões, algumas das quais podem ser distributivas, mas outras podem permitir colaboração ou compromissos que criem valor para ambas as partes.
4. Percepção dos resultados : Na negociação distributiva, os resultados da negociação são geralmente avaliados com base em quão bem os interesses de cada parte são atendidos dentro das limitações dos recursos fixos disponíveis. O sucesso é muitas vezes medido pela medida em que os benefícios de uma parte são obtidos em detrimento dos outros. Na negociação competitiva, o sucesso pode ser definido de forma mais ampla, considerando uma variedade de interesses que vão além da simples distribuição de recursos.
5. Foco nos interesses versus posições : A negociação distributiva pode envolver o foco nos interesses e necessidades subjacentes, juntamente com a negociação posicional sobre a distribuição de recursos. As partes podem explorar soluções criativas ou compromissos que atendam aos interesses subjacentes, ao mesmo tempo que alcançam os seus objectivos de distribuição. A negociação competitiva pode concentrar-se mais nas posições e na afirmação das próprias exigências, sem tanta ênfase nos interesses subjacentes.
Embora a linha entre negociação distributiva e competitiva possa por vezes ser confusa, considerar estas distinções pode ajudar a discriminá-las e a compreender melhor a dinâmica em jogo num cenário de negociação.
Padrões para Discriminar em Processos de Negociação Híbrida
A maioria dos casos envolvidos em processos de negociação abrangem circunstâncias mais próximas de um fim aparente, em que alguns ganham e outros perdem, do que de um fim virtuoso, em que todos ganham formalmente. Embora seja verdade que muitos cenários de negociação possam inicialmente parecer de natureza distributiva, ou ganha-ganha, é importante reconhecer que os resultados da negociação nem sempre são binários. Na verdade, negociadores qualificados muitas vezes se esforçam para ir além da dinâmica de ganhar-perder em direção a soluções ganha-ganha que criem valor para todas as partes envolvidas.
Aqui estão algumas maneiras de abordar a negociação com um espírito mais liberal e encorajar resultados vantajosos para todos:
1. Concentre-se nos interesses e não apenas nas posições : Encoraje as partes a explorarem os seus interesses, necessidades e objectivos subjacentes, em vez de se fixarem em posições específicas. Ao compreenderem as motivações uns dos outros, os negociadores podem muitas vezes descobrir oportunidades para chegar a acordos mutuamente benéficos que vão além de simples cenários de ganhar ou perder.
2. Expanda o bolo : Em vez de ver a negociação como um jogo de soma zero, em que o ganho de uma parte ocorre às custas da perda da outra, procure formas de expandir o bolo e criar valor para todos os envolvidos. Isto pode envolver a identificação de recursos adicionais, a exploração de soluções criativas ou a descoberta de formas de satisfazer múltiplos interesses simultaneamente.
3. Colaborar e resolver problemas : Promova uma atmosfera colaborativa onde as partes trabalhem juntas para identificar objetivos comuns e encontrar soluções criativas para desafios partilhados. Ao abordar a negociação como um exercício de resolução de problemas e não como uma batalha de vontades, as partes podem muitas vezes alcançar resultados que maximizam os benefícios colectivos. Uma batalha de vontades sempre envolve um problema de egos que geralmente não se alinha bem com uma situação em que todos ganham.
4. Construir confiança e relacionamento : Cultive a confiança e o relacionamento entre as partes para facilitar a comunicação aberta, o compartilhamento de informações e a cooperação. Quando os negociadores confiam uns nos outros e acreditam que os seus homólogos estão a agir de boa fé, é mais provável que explorem soluções vantajosas para todos e façam concessões para chegar a acordos mutuamente benéficos.
5. Abrace a flexibilidade e o compromisso : reconheça que a negociação muitas vezes envolve concessões e compromissos. Encorajar as partes a serem flexíveis nas suas exigências e a estarem dispostas a fazer concessões em áreas que são menos importantes para elas em troca de ganhos noutros locais. Ao priorizar a flexibilidade e o compromisso, os negociadores podem avançar em direção a resultados que atendam aos interesses de todas as partes envolvidas.
6. Concentre-se nas relações de longo prazo : Considere as implicações mais amplas dos resultados da negociação nas relações atuais e nas interações futuras entre as partes. Embora um resultado ganha-perde possa proporcionar ganhos a curto prazo, pode prejudicar a confiança e minar a colaboração futura. Esforçar-se para encontrar soluções vantajosas para todos que não apenas atendam às necessidades imediatas, mas também fortaleçam os relacionamentos e estabeleçam as bases para a cooperação futura.
Ao adoptar estas abordagens e abraçar um espírito liberal de colaboração, flexibilidade e resolução de problemas, os negociadores podem ir além da dinâmica ganha-perde e trabalhar em direcção a resultados ganha-ganha que criem valor duradouro para todas as partes envolvidas. Abordar a negociação com a mente aberta e focar na colaboração e na resolução de problemas pode levar a resultados mais positivos para todas as partes envolvidas.
Envolver-se em Processos de Negociação implica um conjunto completo de habilidades lideradas pela prática regular. Ao seguir estas etapas acima mencionadas e adaptar sua abordagem ao contexto e à dinâmica específicos de cada negociação, você pode aumentar a probabilidade de alcançar resultados bem-sucedidos no setor de negócios.
Mas considere procurar aconselhamento e assistência de profissionais com experiência nesta área para ajudar neste desempenho. MyBureau Online e parceiros podem guiá-lo, ajudá-lo com suas necessidades e como proceder de forma confiável e precisa.
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